Suportando os espinhos

“Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também” (Cl 3:13). “Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos...” (MT 5:44).
Você conhece a Fábula do Porco-espinho? Ela diz o seguinte: “Durante a Era Glacial, muitos animais morriam por causa do frio”. Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos. Assim, se agasalhavam e se protegiam mutuamente; mas, os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor. Por isso, decidiram se afastar uns dos outros e voltaram a morrer congelados. Então precisavam fazer uma escolha: ou desapareceriam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros. Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos. “Aprenderam, assim, a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.”

A nossa vida é mais ou menos parecida com esta história dos porcos-espinhos, pois existem pessoas que nos machucam com seus espinhos, ferem, mentem, enganam, nos tratam com desdém etc. O pior para nós, é que não podemos nos afastar dela, porque faz parte da nossa convivência, e vamos ter que aguentá-la a vida inteira. E aí, o que fazer? Passar a vida toda sendo machucada? Ou sair do caminho dela? Pedir a morte dessas pessoas? Claro que não! Mas afinal, o que a Bíblia nos ensina a respeito deste assunto? Veremos agora três ensinamentos que o texto em apreço nos diz:

O PRIMEIRO É SUPORTAR. Como aqueles porquinhos que furavam os amiguinhos com seus espinhos, assim também acontece conosco, que somos furados por pessoas com quem convivemos. O que a Bíblia nos ensina em primeiro lugar, é que devemos suportar, mesmo sendo contra a nossa vontade. Sabemos que não é tão simples assim, mas, com a graça de Deus suportamos a fraqueza dos mais fracos, com o amor de Cristo em nós.
O SEGUNDO É PERDOAR. A segunda lição é perdoar, Jesus nunca disse que seria fácil perdoar, nem impossível. A grande verdade é que só perdoamos as pessoas quando elas se afastam de nós; enquanto ela está por perto, temos dificuldade de perdoar, e ainda temos um álibi: “eu perdoei; ela lá e eu aqui”. Até parece uma ironia, mas não é, pelo contrário, é um mandamento do nosso Senhor Jesus Cristo, perdoar os outros não é uma opção para os cristãos: é um mandamento. Em MT 6:12, Jesus ensina-nos a orar: “Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores”. Ele tornou claro que a oferta de perdão de Deus é inseparável da nossa vontade de perdoar os outros.
O TERCEIRO É AMANDO. O outro ensinamento é o amor. Sobre o amor, a Bíblia nos ensina que: “Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados” (1 Pedro 4:8). Bem sabemos que é difícil amar pessoas que nos atormentam, mas é a Bíblia que nos ensina a amar. Amar ao Próximo como a si mesmo. Mateus 22:37-39- “ Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.”
Nem sempre as melhores pessoas são as que nos relacionamos melhor, mas aquela que aprendemos a suportar e conviver. Se conseguirmos aplicar estes três ensinamentos, teremos vitória sobre os espinhos da vida.

Rev. Joab Barbosa da Silva

 
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