“Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto;
E MOSTROU-LHE TODOS OS REINOS DO MUNDO, E A GLÓRIA DELES.
E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.”
(Mateus 4:8, 9)
Não existe nenhum mal em querer ser rico, em ter uma posição melhor na vida, construir um futuro melhor, desfrutar das benesses que o conforto oferece, desde que não se passe por cima das pessoas para se conseguir tais objetivos, e que se tenha a consciência de que somos mordomos de Deus sobre cada um dos bens de que dispomos, sobretudo porque muitas vezes, na ânsia de querer vencer a todo custo, vem o desejo de abraçar tudo que o mundo oferece sem nos preocuparmos com as consequências das escolhas que fazemos.
O texto que citamos no livro de Mateus é marcado por um momento crucial de escolhas. Jesus estava visivelmente debilitado pelo longo jejum de quarenta dias e quarenta noites, é então que o inimigo se aproxima do nosso mestre com a intenção de derrotá-lo, dando-lhe opções rápidas de escolha afim de que Jesus optasse pelo reino deste mundo e sua frágil glória, abrindo mão da cruz. Glória essa que muitas vezes nos enchem os olhos... Será que aceitaríamos as propostas do inimigo em troca de algo do nosso interesse ou teríamos coragem de rejeitá-las por amor a Cristo? O que precisamos aprender é que a glória do mundo é passageira.
Precisamos analisar por que o diabo confrontou Jesus no deserto. Segundo o comentário bíblico NVI de FF Bruce o diabo usa três argumentos para tentar Jesus no deserto:
1) Instiga Jesus para que usasse o seu poder sobrenatural para satisfação de suas necessidades puramente materiais transformando pedra em pão.
2) Para que Jesus conquiste o coração dos homens por meio de concessões fazendo acordo com o adversário.
3) Para testar o poder e a disposição de Deus em protegê-lo ao se envolver numa escapada insensata e irrefletida, mergulhando da parte mais alta templo, o que Satanás desiste da disputa por um tempo e se retira.
Analisando a atitude de Jesus ante cada investida do diabo no deserto e observando quais foram suas escolhas sempre firmadas nas escrituras, sempre pautadas no reino do céu, fácil fica concluir que nenhuma glória ou vantagem ou bem material deste muito, nenhum prestígio ou sucesso profissional ou acadêmico pode ser comparado com a glória que se manifestará em nós lá no céu. È lá que devemos manter nossos olhos.
A isso nos convida firmemente Jesus em outra passagem de Mateus 6:19,20 :
“Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam. Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.”
Pensemos um pouco no tesouro espiritual e optemos por ele, esqueçamos a glória passageira deste mundo. Amém.
Rev. Joab Barbosa da Silva
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